Roger Waters faz show no Rio e dedica mais uma noite a Jean Charles
Roger Waters faz show no Rio e dedica mais uma noite a Jean Charles
Ex-músico do Pink Floyd tocou no Engenhão na noite desta quinta (29).
''The wall' não é sobre mim, mas sobre Jean e todos nós', disse o cantor.
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Desde que iniciou a parte sul-americana da turnê comemorativa dos 30
anos de lançamento do álbum "The wall" que o cantor Roger Waters vem
dedicando shows ao brasileiro Jean Charles de Menezes, morto por
policiais britânicos em Londres, em 2005, ao ser confundido com um
terrorista. Já havia sido assim em Santiago, no Chile, e em Porto Alegre, no último domingo (25). Em sua apresentação no Estádio do Engenhão, no Rio de Janeiro, na noite desta quinta-feira (29), não foi diferente.
São explosões, rajadas de metralhadora, fogos de artifício, bonecos infláveis, telão e efeitos sonoros reproduzidos em um sistema de som poderoso, disposto como uma espécie de home theater gigante. Isso sem contar o imenso muro de tijolos brancos que, erguido durante o espetáculo, recebe uma série de projeções e efeitos, além da imagem dos próprios músicos em ação no palco.
Depois dos cerca de 20 minutos de intervalo, tem início a parte dois. Mais emotiva e teatral, leva diversas pessoas na plateia às lágrimas em momentos como em "Hey you", onde o muro já totalmente erguido esconde Roger e sua banda; em "Vera", ilustrada por comoventes imagens de reencontros; com "Bring the boys back home" e seu grandiloquente arranjo orquestrado; e a clássica "Comfortably numb", com dois antológicos solos de guitarra. Quase não dá para sentir a falta de David Gilmour, Nick Mason e Richard Wright, ex-companheiros de Waters no Pink Floyd. Quase.
O músico acerta ao misturar novas animações tridimensionais com as do desenhista Gerald Scarfe, criadas originalmente para os shows da banda durante a turnê original do álbum e incluídas posterirmente no longa-metragem "Pink Floyd—The wall" (1982), do diretor Alan Parker. É o que acontece na assustadora "The trial", onde é o sincronismo entre som e imagem que impressiona.
A
imagem de Jean Charles de Menezes é exibida no telão durante a canção
'Mother': brasileiro foi homenageado também no Rio (Foto: Alexandre
Durão/G1)
"Gostaria de dedicar este concerto a Jean Charles, sua família e sua
luta por verdade e justiça; e também a todas as famílias das vítimas do
terrorismo de estado em todo mundo. 'The wall' não é sobre mim, mas
sobre Jean e todos nós", disse o músico em bom português.
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Ok, o discurso não foi inédito. E o roteiro da apresentação foi
rigorosamente mantido tal qual o restante da turnê. Mas, mesmo sem
surpresas, o tecnicamente irrepreensível show do ex-líder do Pink Floyd
não deixou de impressionar e emocionar as cerca de 50 mil pessoas, que
não chegaram a lotar o estádio. Waters usa de toda a tecnologia a seu
alcance e cria uma incrível identidade visual para a obra composta por
26 canções quase que inteiramente compostas por ele e executadas pela
banda no álbum duplo de 1979.São explosões, rajadas de metralhadora, fogos de artifício, bonecos infláveis, telão e efeitos sonoros reproduzidos em um sistema de som poderoso, disposto como uma espécie de home theater gigante. Isso sem contar o imenso muro de tijolos brancos que, erguido durante o espetáculo, recebe uma série de projeções e efeitos, além da imagem dos próprios músicos em ação no palco.
Roger
Waters canta com crianças da Escola de Música da Rocinha no hit
'Another brick in the wall, pt. 2' (Foto: Alexandre Durão/G1)
Na primeira parte do show, um avião desgovernado "explode" ao se chocar
contra o muro em "In the flesh?", número que abre o show. No hit
"Another brick in the wall, pt. 2", participação das crianças da Escola
de Música da Rocinha, vestidas com camisetas com a mensagem “o medo
ergue muros”, em inglês. O momento mais divertido do show acontece em
"Mother", em que Waters faz dueto com ele próprio em imagens datadas de
1980. Durante o verso "Mother, should I trust the government?" ("Mãe, eu
devo confiar no governo"?), um escandaloso "nem fudendo" (sic) é
projetado no telão, arrancando imediatos aplausos do público.Depois dos cerca de 20 minutos de intervalo, tem início a parte dois. Mais emotiva e teatral, leva diversas pessoas na plateia às lágrimas em momentos como em "Hey you", onde o muro já totalmente erguido esconde Roger e sua banda; em "Vera", ilustrada por comoventes imagens de reencontros; com "Bring the boys back home" e seu grandiloquente arranjo orquestrado; e a clássica "Comfortably numb", com dois antológicos solos de guitarra. Quase não dá para sentir a falta de David Gilmour, Nick Mason e Richard Wright, ex-companheiros de Waters no Pink Floyd. Quase.
O músico acerta ao misturar novas animações tridimensionais com as do desenhista Gerald Scarfe, criadas originalmente para os shows da banda durante a turnê original do álbum e incluídas posterirmente no longa-metragem "Pink Floyd—The wall" (1982), do diretor Alan Parker. É o que acontece na assustadora "The trial", onde é o sincronismo entre som e imagem que impressiona.
Waters
veste seu figurino de 'ditador' durante apresentação no Rio; músico
levou cerca de 50 mil pessoas ao Estádio do Engenhão nesta quinta (29)
(Foto: Alexandre Durão/G1)
O encerramento vem com a acústica "Outside the wall", executada com
ukulele, banjo, acordeão, violão e trompete. "Obrigado, Rio. Vocês foram
uma plateia magnífica", despediu-se Waters, que se apresenta no Estádio
do Morumbi, em São Paulo, nos dias 1º e 3 de abril.
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