Venda de bebidas em estádio durante a Copa já causa polêmica no RS

Projeto que libera consumo deve chegar à Assembleia nos próximos dias.
Deputado autor de lei estadual que proíbe venda diz que votará contra.

Do G1 RS, com informações da RBS TV

Ponto mais polêmico da Lei Geral da Copa, a autorização da venda de bebidas alcoólicas nos estádios ficará a cargo dos estados. No Rio Grande do Sul, onde já existe uma lei que proíbe esse tipo de comércio, as discussões já começaram antes mesmo da chegada do projeto que libera a venda de bebidas no Estádio Beira-Rio durante os jogos do Mundial à Assembleia Legislativa, o que deve ocorrer na próxima semana.
A venda de álcool durante os jogos é uma exigência da Fifa e dos patrocinadores da Copa do Mundo. Representantes do governo alegam que a proibição inviabiliza a cidade para receber os jogos. “Eu sou radicalmente contra a bebida alcóolica nos estádios, mas nesse caso eu acho que não tem como votar contra porque o Brasil já sabia da exigência da Fifa quando se credenciou para receber a Copa do Mundo”, argumenta o deputado Valdeci Oliveira (PT), líder do Governo na Assembleia.
Há quatro anos, a venda de álcool nos estádios gaúchos foi proibida por lei. De lá pra cá, o número de ocorrências caiu quase 70%, segundo a Brigada Militar. Autor da lei, o deputado Miki Breier (PSB) diz que vai votar contra a liberação. “A Fifa tem que colocar condicionamentos para aquilo que é fundamental para o futebol. E a bebida alcóolica, definitivamente, não é. Pelo contrário, deve estar longe da prática esportiva”, afirma.
Mas para garantir a realização da Copa em Porto Alegre, o governo deverá ganhar apoio até da bancada de oposição. “Vale o critério do bom senso. Nós não podemos prejudicar a grandeza da Copa, os benefícios que vão ser trazidos para o Estado do Rio Grande do Sul em função da venda da bebida”, afirma o deputado Jorge Pozzobom (PSDB).