Sindicato suspende greve de ônibus na Baixada Fluminense até 2ª feira
Sindicato suspende greve de ônibus na Baixada Fluminense até 2ª feira
Decisão vale até a tarde de segunda-feira (2), quando haverá nova reunião.
Paralisação continua em Niterói, São Gonçalo e outras três cidades.
A greve dos rodoviários na Baixada Fluminense foi suspensa até a tarde de segunda-feira (2). A decisão saiu no início da noite desta sexta-feira (30), após a assembleia realizada pelo Sindicato de Trabalhadores do Transporte Rodoviários de Nova Iguaçu. A medida vale para os municípios de São João de Meriti, Nilópolis, Belford Roxo, Mesquita e Nova Iguaçu.
No entanto, a paralisação dos ônibus continua em Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Tanguá e Maricá, na Região Metropolitana.
Os rodoviários reivindicam 16% de reajuste no salário base e o aumento na cesta básica. Em contraproposta, as empresas reunidas no Transônibus ofereceram 10% de reajuste salarial e 25% de aumento na cesta básica.
Os rodoviários da Baixada Fluminense explicaram que na segunda-feira (2), às 14h, haverá uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Após a audiência, os sindicalistas vão se reunir às 17h em uma nova assembleia, para decidir os rumos do movimento grevista.
Na noite de sexta-feira (30), o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Nova Iguaçu (Transônibus) informou que as empresas obtiveram liminar junto ao TRT da 1ª região, que determinou que o sindicato dos rodoviários disponibilize pessoal, através de lista nominal de convocação, para manter a a oferta mínima de 70% da frota nos horários de pico e de 40% nos demais horários. A punição para descumprimento é de multa diária de R$ 300 mil por dia.
Greve mal organizada, diz sindicato
Na avaliação dos grevistas, a paralisação não foi aderida pela maioria da categoria. No entanto, de acordo com o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Nova Iguaçu (Transônibus), a greve ocorreu em cinco municípios da Baixada Fluminense e afetou cerca de 1 milhão de pessoas nesta sexta-feira (30).
Segundo o presidente do Sindicato de Trabalhadores do Transporte Rodoviários de Nova Iguaçu, Joaquim Graciano da Silva, a greve iniciada no primeiro minuto de sexta-feira foi mal organizada e por isso não foi bem-sucedida. Segundo ele, cerca de 80% dos ônibus circularam normalmente e somente os municípios de Nova Iguaçu, Belford Roxo, Mesquita, Nilópolis e São João de Meriti chegaram a aderir ao movimento.
“Não estávamos organizados e não tivemos como mobilizar os companheiros. Por isso, o movimento foi esvaziado. Precisamos voltar atrás agora para dar dois passos na frente. Precisamos perder agora para ganhar mais na frente. Vamos continuar lutando por 16% de aumento salarial e cesta básica de R$ 180. Unidos seremos mais fortes”, disse Joaquim.
Segundo o presidente, a Baixada Fluminense tem de dez mil a 12 mil rodoviários. Na assembleia de quinta-feira (29), que decidiu pela greve, estavam presentes 650 trabalhadores. Mas apenas um grupo mais radical decidiu pela paralisação, contrariando a vontade da presidência do sindicato.
Na assembleia, o advogado César Catão, consultor jurídico do sindicatos dos trabalhadores, lembrou ainda que a greve foi considerada ilegal e que se o movimento continuasse, o sindicato poderia ser multado em mais de R$ 900 mil.
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